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O assessor de Segurança Nacional de Israel, Tzaji Hanegbi, afirmou neste sábado que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, é o responsável pelos atrasos na definição de uma nova trégua, pois isso colocaria em risco sua própria sobrevivência.
Há semanas, as partes estão trabalhando em um documento que prevê a libertação de todos os reféns nas mãos dos terroristas pró-iranianos em troca da libertação de um número de prisioneiros palestinos, a entrada de grandes quantidades de ajuda humanitária em Gaza e uma cessação dos ataques durante este período.
Israel foi quem propôs a iniciativa, e agora aguarda a resposta do Hamas, que enviou uma delegação ao Egito neste sábado para continuar as negociações. Nas primeiras horas da reunião, no entanto, um dos líderes afirmou que “sob nenhuma circunstância” aceitarão um acordo que não inclua o fim absoluto da guerra e que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que se opõe veementemente a isso, “está atrapalhando” os esforços e priorizando seus “interesses pessoais”.
A parte israelense, no entanto, afirma que se trata de uma manobra para ganhar um pouco mais de tempo, já que os terroristas estão sob cada vez mais pressão.
“Parece que é difícil para ele tomar uma decisão que provavelmente implicará o fim do governo do Hamas porque, no momento em que entregar a importante carta que tem para sua sobrevivência – nossos reféns -, não será fácil para ele, e é por isso que as coisas estão se atrasando”, disse Hanegbi sobre Sinwar.
O chefe terrorista é considerado uma espécie de “assassino nazista” nos dias de hoje e até é apontado como o responsável por causar mais danos a Israel. “Ele causou mais de 40.000 mortes em seu próprio povo e não se importa, 14.000 terroristas morreram, o que realmente o afeta mais”, acrescentou o Assessor, lembrando que desde o ataque de 7 de outubro contra seu país, a perseguição à sua figura intensificou-se significativamente, com repetidas promessas de abatê-lo.
Inclusive, destacou que, graças a um trabalho conjunto das tropas e dos agentes de inteligência, foram realizadas operações que estiveram próximas de eliminá-lo. “Ele está vivendo em tempo emprestado. Ele não sairá vivo desta confrontação… Seu destino está selado, mas devemos ser pacientes”, prometeu, e lembrou que Israel passou por momentos mais difíceis do que o atual, como foi a guerra do Yom Kipur em 1973 ou a Segunda Intifada.
Com essas declarações, o funcionário deixou claro novamente que nenhuma trégua ou acordo com o Hamas afastará o Exército de seu objetivo final, que é a erradicação do Hamas na Faixa de Gaza.