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Os objetos abatidos sobre a América do Norte nos últimos dias não eram tripulados e não pareciam enviar sinais de comunicação, disseram os Estados Unidos nesta segunda-feira (13).
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA não acreditam que os três objetos representem uma ameaça direta para as pessoas no solo, mas podem ter sido um perigo para o tráfego aéreo comercial civil, dada a sua altitude. O governo está “focado no laser” em confirmar a natureza e o propósito dos objetos, disse ele, inclusive por meio de esforços “intensivos” para coletar detritos nas áreas onde caíram.
Kirby disse que o recente aumento nos objetos detectados pode ser parcialmente explicado pelo NORAD aprimorando suas capacidades de radar para examinar mais de perto o espaço aéreo sobre os EUA e o Canadá à luz da recente incursão do dirigível chinês.
“Não acho que o povo americano precise se preocupar com alienígenas em relação a essas naves”, disse ele.
Kirby observou que fenômenos aéreos não identificados foram relatados “por muitos anos sem explicação ou exame profundo” pelo governo federal, embora os EUA sob o governo Biden estejam tentando obter maior compreensão.
Uma avaliação dos relatórios do que o governo chama de “fenômenos aéreos não identificados” divulgados no mês passado disse que dos 366 relatórios adicionais de avistamentos desde 2004, 163 eram “objetos semelhantes a balões”.
Na Bélgica, o secretário de Defesa Lloyd Austin disse a repórteres que a prioridade é a recuperação de detritos. Ele acrescentou que o Pentágono está trabalhando em estreita colaboração com o restante do governo federal, incluindo a Administração Federal de Aviação, o FBI e a NASA, e garantiu aos americanos que os objetos não representam uma ameaça militar para ninguém no solo.
Os objetos foram derrubados alguns dias depois que um suposto balão espião chinês também ser derrubado na costa da Carolina do Sul, atraindo a preocupação do público americano e dos formuladores de políticas e alimentando as tensões entre Washington e Pequim,
“Obviamente, há algum tipo de padrão aí”, disse o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau a repórteres na segunda-feira. “O fato de estarmos vendo isso em um grau significativo na semana passada é motivo de interesse e muita atenção.”
Um caça a jato dos EUA, trabalhando em coordenação com o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, ou NORAD, uma agência militar conjunta dos EUA e do Canadá, derrubou o objeto sobre o território canadense do Yukon no sábado.
Um dia antes, autoridades americanas anunciaram que um objeto do tamanho de um carro pequeno havia caído sobre o estado do Alasca, no noroeste dos Estados Unidos, que faz fronteira com o Yukon. Um terceiro objeto foi abatido acima do Lago Huron, no meio-oeste dos EUA, no domingo.
Durante entrevista coletiva em Whitehorse, capital do Yukon, na segunda-feira, Trudeau destacou que o Canadá está focado em recuperar o objeto que estava em seu espaço aéreo. Em seguida, as equipes avaliarão “se é perigoso”, disse ele.
“Desenvolvemos recursos significativos aqui para poder recuperar o objeto, bem como [os] compromissos diplomáticos e internacionais em andamento para encontrar mais informações e obter soluções sobre isso”, acrescentou Trudeau.
As autoridades americanas enfatizaram que os objetos não estão comprovadamente ligados ao balão chinês. Eles eram muito menores em tamanho e voavam em altitudes mais baixas, onde representavam uma ameaça à aviação civil.
Mas Kirby disse que o balão chinês levou os EUA e o Canadá a examinar ainda mais seu espaço aéreo e aprimorar suas capacidades de radar, o que “pode pelo menos explicar parcialmente o aumento nos objetos que foram detectados”.
Com informações de agências internacionais