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Em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (22), o conselheiro de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, disse que o desencontro entre o presidente petista e o ucraniano Volodymyr Zelensky foi uma questão meramente de agenda.
Amorim ainda disse que isso não prejudica em nada o papel do Brasil na busca pela paz com a Rússia.
“Não sei exatamente como foi, eu não estava lá, mas ele [Lula] veria o Zelensky, sem problemas. Foi um desencontro normal nesse tipo de reunião, em que há muitos pedidos de conversa. O presidente tinha agenda com diversos outros líderes. Não se poderia esperar que fosse ficar à disposição. Não é bem assim”, afirmou Amorim à emissora.
“Segundo entendo, Zelensky não apareceu na hora aprazada. Como dizem em inglês: ‘no hard feelings’ [sem ressentimentos]”, acrescentou o ex-chanceler.
Ele ainda disse que não acompanhou Lula na cúpula do G7 e que fazia um comentário em caráter “estritamente pessoal”, apenas com base no que conhece do petista e desse tipo de encontro internacional.
Amorim também refutou na entrevista interpretações de que a falta de um encontro entre Lula e Zelensky evidenciaria uma suposta posição pró-Rússia. “Como assim? Eu viajei quase 50 horas para ver o Zelensky em Kiev [há duas semanas]. Não se pode desprezar isso. Tivemos uma conversa muito cordial”, afirmou.
Ele também rejeitou especular se Zelensky teria criado uma armadilha para Lula.