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Em depoimento à Justiça, o empresário Thiago Brennand afirmou estar “preso por vontade própria” e explicou que retornou ao Brasil após dois meses de fuga devido à doença de seus pais. Detido desde abril deste ano, ele negou veementemente a denúncia de estupro contra ele, considerando-a “absolutamente mentirosa”. O jornal “Metrópoles” teve acesso à íntegra da oitiva, que teve duração de quase duas horas.
O processo em que Thiago Brennand é acusado de abuso sexual contra uma americana em São Paulo está sob segredo de Justiça. Em uma audiência realizada por videoconferência em 21 de junho, o empresário se dirigiu ao juiz Fernando Henrique Masseroni Mayer, da 2ª Vara de Porto Feliz, afirmando: “Pois não, doutor Fernando. À sua disposição.” Durante o interrogatório, ele optou por não responder às perguntas do Ministério Público do estado. Nesta segunda-feira, enfrenta uma nova audiência relacionada a acusações de uma mulher obrigada a fazer uma tatuagem com suas iniciais.
Brennand assegurou que sua prisão foi uma escolha pessoal e explicou que entrou em contato com o vice-presidente da Interpol para as Américas, doutor Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal, e informou que retornaria ao Brasil por vontade própria.
“Doutor, primeiro, que se registre para memória perpétua: estou aqui preso por vontade própria. Entrei em contato com o vice-presidente da Interpol para as Américas, doutor Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal, e disse que iria voltar ao Brasil por vontade própria. Não houve processo com sucesso de extradição, nem o Lula que trouxe o Thiago, tá? Voltei porque meus pais estavam com cânceres, entendeu? Voltei sabendo que iria ser preso injustamente”, disse Brennand em depoimento.
Em seu depoimento, Brennand classificou a denúncia como “absurdamente mentirosa” e sugeriu ser vítima de uma ação injusta, apontando que a mulher que o acusa já teria trabalhado como prostituta.
“Porque, se houvesse, não ousariam fazer um processo escatológico como esse”, disse. “Vingança é uma palavra muito pequena para uma atrocidade desse tamanho, entendeu? É preciso uma pessoa de uma índole muito, muito ruim, de uma crueldade draconiana, para fazer o que estão fazendo”, completou.
Os advogados do empresário apresentaram cerca de 1,5 mil mensagens do WhatsApp trocadas entre ele e a americana nos meses de setembro a novembro de 2021, após a suposta data do estupro. A defesa argumenta que as mensagens corroboram a versão de que o ato sexual entre os dois foi consensual. A vítima, nascida nos Estados Unidos e residente no Brasil há mais de uma década, declarou ter sido forçada por Brennand a praticar sexo anal em sua casa em Porto Feliz no mês de julho de 2021. Ela conheceu o empresário ao tentar comprar um cavalo e, embora o início do relacionamento tenha sido consensual, ele teria se tornado violento e ignorado seus pedidos para parar.