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O apagão que afetou 25 estados do país e o Distrito Federal na terça-feira (15) teve início em uma linha da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), ligada à Eletrobras, em Quixadá (CE). A falha sistêmica na linha cearense não teria sido capaz de causar a suspensão de energia generalizada, mas outros eventos, ainda não identificados, também teriam ocorrido.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que as falhas que causaram o apagão foram corrigidas pela Chesf e pela Eletrobras. As autoridades técnicas responsáveis ainda estão investigando as causas do apagão, mas não descartam eventuais falhas humanas.
“A Chesf fez contato com o ONS, admitindo que houve falha sistêmica. Não se pode dizer, ainda, se foi falha humana por lançamento no sistema do projeto de engenharia ou se foi erro do sistema”, declarou o ministro.
“Gostaria de compreender diferente, mas mais do que nunca acho que é extremamente necessária a participação muito ativa da Polícia Federal nesse caso, já que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) não teve como apontar uma falha técnica que pudesse causar um evento com a dimensão que teve a paralisação da energia no País”, disse o ministro.
O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, informou que um relatório de avaliação de perturbação está em produção e deve ser entregue em até 45 dias. Uma versão preliminar deve ser apresentada ainda nesta quarta-feira (16).
Ciocchi afirmou que não houve sobrecarga na linha de transmissão que falhou. “As linhas são projetadas e construídas para aguentar sobrecargas. Quando há sobrecarga, elas têm de abrir e, por isso, existe um dispositivo de proteção. Essa linha, porém, abriu sem sobrecarga. A energia que passava por ali não passou, como se estivesse desligada”, explicou.
O ONS também está investigando outros fatores que podem ter contribuído para o apagão, como falhas em equipamentos ou problemas na operação do sistema elétrico.
“A linha abriu indevidamente pelo não acionamento de proteção (dispositivo eletrônico) que estaria programado. Essa abertura não é um evento raro, é até corriqueiro. A linha estava energizada, não houve a proteção para evitar a sobrecarga e ela abriu indevidamente. Isso ocasionou uma onda muito grande de eventos, que foram se propagando. Em 600 milissegundos, houve desconexão da fronteira elétrica do Nordeste, Norte e Sudeste”, disse o diretor da ONS.