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Imagens de câmeras de segurança do prédio onde o ator Victor Meyniel foi agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, no dia 2 de setembro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, mostram que o porteiro Gilmar José Agostini levou cerca de dois minutos para levantar o ator do chão após o fim das agressões.
Nas imagens, é possível ver que Gilmar permanece sentado, tomando o que seria um copo de café, enquanto Victor segue no chão. Por fim, ele levanta o ator, quase o arrastando.
O ator contou que foi levantado pelo funcionário do prédio apenas por estar atrapalhando. “Enquanto estava caído, quase desacordado, o porteiro segurou a minha mão e me arrastou porque eu estava atrapalhando a passagem”, afirmou.
A delegada titular da 12ª DP (Copacabana), Débora Rodrigues, autuou Gilmar por omissão de socorro. “Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, disse a delegada.
O síndico do prédio, Marcos de Carvalho Abrantes, defendeu o funcionário. Ele disse que Gilmar é uma pessoa simplória, que tem medo das coisas e cuida do irmão diabético. Por isso, segundo o síndico, Gilmar não teria interferido na situação.
Ainda conforme a análise das imagens, a discussão entre Victor e Yuri durou cerca de 3 minutos. Durante todo o período, o porteiro apenas observa a cena. Já a sequência de socos na vítima, dura menos de um minutos. A agressão começa às 8h24m18s e termina às 8h24m55s.
Victor Meyniel, 26, teria conhecido o agressor, identificado como Yuri de Moura Alexandre, em uma boate na zona sul do Rio. Para Splash, o advogado Ricardo Brajterman disse que o artista foi para a casa de Yuri —que, até o momento do ataque, havia se mostrado uma pessoa amigável.
Victor e sua mãe, Regina Meyniel, prestaram queixa na 12ª DP e abriram um boletim de ocorrência. O ator passou por exame de delito no IML (Instituto Medico Legal) e foi atendido pela UPA, informou a defesa, em nota.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que Yuri foi conduzido para a DP de Copacabana e autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. Os agentes também analisaram as imagens das câmeras de monitoramento do prédio e realizaram “demais diligências para elucidar os fatos”.