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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, faltou pela terceira vez de uma convocação da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara nesta terça-feira (21). Em um novo ofício enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), Dino mencionou agressões verbais por parte de deputados e destacou um ambiente que considera “ainda mais perigoso” para sua integridade.
No documento, Dino elenca uma série de declarações recebidas de parlamentares da oposição, tais como “mentiroso”, “covarde”, “mocinha”, e “bandido”. Ele ainda destaca momentos em que foi desafiado a “tomar a arma” de deputados que anteriormente haviam sido policiais.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, o deputado federal Sanderson (PL-RS), afirmou que Dino cometeu crime de responsabilidade ao faltar à sua terceira comissão e disse que haverá novas convocações. O oposicionista disse ainda que os argumentos usados por Dino para faltar foram “estapafúrdios”.
“Semana que vem provavelmente haverá nova convocação e se ele não vier, ele comete novo crime de responsabilidade e aí cabe ao PGR proceder. Sobretudo fica um exemplo muito feio, um homem que está aí aspirando a ir para o STF e desprestigiar a Constituição Federal como ele está desprestigiando”, disse o parlamentar.
Sanderson também definiu as justificativas de Dino como “estapafúrdias”. “Ele chegou a usar argumentos estapafúrdios que não vem para a Comissão de Segurança Pública porque aqui os deputados são na maior parte polícias, andam armados e ele tem medo. Isso é um absurdo, chega a ser um deboche à sociedade brasileira um ministro da Justiça que acha que está acima da lei, essa é a observação que nós temos, ele acha que está acima da lei”, concluiu Sanderson.
A Comissão de Segurança Pública aprovou 23 requerimentos para convocar Dino para, entre outras coisas, explicar sobre a presença da chamada “dama do tráfico” amazonense, que esteve no prédio do Ministério da Justiça recentemente. Lidiane Barbosa é esposa do “Tio Patinhas”, um dos líderes do Comando Vermelho em Amazonas.
Ela foi ao prédio do MJ como responsável por uma ONG voltada a direitos de presidiários e encontrou com dois secretários do Ministério da Justiça e uma coordenadora do Ministério dos Direitos Humanos.