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A movimentação do talude da Mina Gongo Soco, em Barão dos Cocais na região central de Minas Gerais, atingiu 26,5 centímetros por dia em determinados pontos, de acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira (29).
De acordo com a Defesa Civil do estado, o pior cenário é a vibração causada pelo colapso iminente do paredão provoque o rompimento da Barragem Sul Superior, que se encontra em nível de alerta máximo desde março. Entretanto, existe uma possibilidade de haver um carreamento de terra para dentro da cava, o que evitaria um rompimento brusco.
Em nota, a Vale confirmou que as últimas análises da movimentação apontam para a maior probabilidade de acontecer um deslizamento do material para dentro da cava, o que de acordo com a mineradora, diminui a possibilidade de impacto com a barragem e consequentemente o rompimento.
“Hoje temos mais elementos de análise sobre o comportamento do maciço, nos mostrando que está acontecendo um deslizamento para o fundo da cava. Com isso, há uma grande possibilidade do talude se acomodar dentro da cava, sem maiores consequências”, explicou o diretor de Operações da Vale, Marcelo Barros, no comunicado.
A movimentação do talude de Barão dos Cocais foi identificada em 2012, até os últimos meses era de 10 cm por ano. Em documento enviado ao Ministério Público de Minas Gerais pela mineradora, a engenheira geotécnica Rafaela Baldi explica o que está acontecendo com o talude. É comum que parte do talude que fica mais no alto se desprenda. O talude está ‘pelado’, foi escavado e está solto, lá em cima. Com as vibrações típicas da atividade minerária, esta estrutura vai se desestabilizando e pode cair sobre a cava. Mas, pelo alerta feito, deve ter um problema geológico na área a ser considerado”, concluiu.