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O Ministério da Justiça disse que não há previsão de o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ir até Pedra Branca do Amapari (AP) acompanhar os desdobramentos da invasão de garimpeiros em terras indígenas. De acordo com a assessoria da pasta, o ministro não falou com a prefeita da cidade, Beth Pelaes (MDB).
Mais cedo, a prefeita havia dito que Moro confirmara que iria ao local. No início da semana, um cacique da etnia Wajãpi foi encontrado morto com sinais de facada em meio ao conflito.
Já a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse que se colocou à disposição para ir até a área. Damares afirmou que conhece a prefeita e que está em contato com ela e com a Funai.
O governo enviou uma medida provisória no início do ano que ligava a Funai à pasta de Damares, mas o Congresso Nacional devolveu o órgão e a demarcação de terras indígenas ao Ministério da Justiça. Em maio, Damares disse que iria “brigar” para manter a Funai na sua pasta e Moro chegou a dizer que não tinha interesse em ter a fundação ligada a seu ministério.
A assessoria do Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o tema.
Segundo o Conselho das Aldeias Waiãpi-Apina, garimpeiros invadiram a terra indígena e atacaram ao menos uma aldeia, a Yvytotõ, durante a última semana.
O chefe da aldeia Waseity, Emyra Waiãpi, foi morto na tarde de segunda-feira (22). De acordo com o conselho, entretanto, a morte não foi testemunhada por indígenas e só foi percebida na manhã de terça-feira (23).
Ainda de acordo com o conselho, grupos de Waiãpi encontraram não índios armados entre sexta-feira (26) e sábado (27), quando a aldeia Yvytotõ foi invadida e tiros foram ouvidos próximos à aldeia Jakare. O conselho comunicou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) na sexta-feira.
Na tarde de sábado, policiais federais e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Amapá foram acionados e se deslocaram para a região a fim de apurar as denúncias.
* Com informações do Estadão Conteúdo