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O óleo que polui as praias do Nordeste atingiu mais uma área de conservação da natureza: a Reserva Extrativista (Resex) Cururupu, no Maranhão, a 157 km de São Luis.
Com isso, já são 12 as unidades federais de conservação atingidas pela poluição e 150 os pontos do litoral do Brasil com registros do petróleo.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) registrou a área pela primeira vez na noite desta quinta-feira (10), no mais recente levantamento sobre o óleo nas praias.
Mas, de acordo com relatos dos moradores, as primeiras manchas começaram a aparecer ainda no dia 4 deste mês.
“Eram manchas pequenas, nada como tem aparecido por aí. Mas o clima é de apreensão. Quando acompanhamos os gráficos de correntes marinhas que mostram como as manchas se espalharam pelo litoral, a gente fica com medo de que chegue mais aqui”, afirma a chefe da Resex Cururupu, Mary Jane de Fonseca.
A poluição ameaça a pesca de mais de 4 mil pessoas que vivem na região e podem afetar a vida de animais marinhos, como o peixe-boi (Trichechus manatus), que está na lista de espécies ameaçadas.
A reserva é formada por 15 ilhas, tem 185 mil hectares e foi delimitada em 2004 para preservar os modos de vida da população tradicional e garantir o uso sustentável dos recursos.
Mais de 90% dos manguezais de Cururupu estão preservados. A presença do óleo representa um risco à biodiversidade deste ambiente, já que é praticamente impossível remover o óleo do mangue, de acordo com Maria Christina Araújo, oceanógrafa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).