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O diabetes é uma doença metabólica, em que ocorre aumento dos níveis de glicose no sangue. O número de pessoas com diabetes tem aumentado no mundo todo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas com essa doença no Brasil. Diante desses dados, vemos que grande parte das famílias brasileiras precisa lidar com essa doença no seu dia a dia.
O tipo mais comum de diabetes, que é o tipo 2, ocorre com mais frequência em pessoas com excesso de peso, sedentárias e com hábitos alimentares inadequados, além de haver uma predisposição genética. Ter um parente próximo com diabetes tipo 2 aumenta a chance de desenvolver a doença. Um fato importante é que no início da doença, quando os níveis de glicose não estão muito elevados, as pessoas muitas vezes não apresentam sintomas – é uma doença “silenciosa”.
Os sintomas característicos, como excesso de sede, aumento do volume da urina, perda de peso e visão turva podem levar anos para aparecer em que tem diabetes tipo 2. Por isso, se alguém apresenta fatores de risco para desenvolver diabetes, deve fazer exames periodicamente para ter o diagnóstico o quanto antes, mesmo sem sintomas característicos.
Muitas vezes, receber o diagnóstico de diabetes em alguém da família pode parecer assustador, fazer pensar em uma vida com limitações e nas complicações que podem ocorrer. Mas felizmente, existem recursos que possibilitam um ótimo controle da doença e uma vida plena e saudável para essas pessoas.
Atualmente, nessa área da medicina vem sendo feitos inúmeros progressos com desenvolvimento de novos medicamentos com benefícios comprovados para a saúde. O sucesso, no entanto, depende do diagnóstico precoce, acompanhamento médico regular e, muito importante, do engajamento do paciente e da própria família no tratamento.
Hábitos de vida adequados – alimentação balanceada, atividade física regular e tentativa de controle do peso – são fundamentais para quem já apresenta a doença, mas não só isso. Eles também reduzem o risco de desenvolver diabetes, o que beneficia toda a família. E a família tem um papel muito importante nesse tratamento, porque é muito mais fácil se alimentar bem se todos da família seguem a mesma dieta balanceada. Assim como é mais fácil ter uma vida fisicamente ativa se existe incentivo e exemplos das pessoas próximas.
Nem sempre é fácil manter hábitos alimentares adequados. A oferta de alimentos muito calóricos, que favorecem o ganho de peso, e de alimentos ricos em açucares e carboidratos simples, que elevam os níveis de glicose, é muito grande e muitas vezes tentadora. Mas se alimentar com qualidade, principalmente quando isso se torna um hábito familiar, além de saudável pode ser prazeroso. Algumas regras simples são consumir grande quantidade de vegetais ricos em fibras, preferir os cereais integrais aos processados, evitar excesso de carboidratos e de gordura de origem animal.
Quanto à atividade física, as mesmas recomendações feitas a uma pessoa com diabetes também beneficiam a maioria das pessoas sem a doença. A prática de 150 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana, por exemplo, ajuda a controlar a glicose, mas também previne inúmeras outras doenças e pode estar associada a um aumento do tempo de vida.
Dedicar tempo e esforço ao cuidado com a própria saúde e a da família é um dos melhores investimentos que podem ser feitos. Consulte seu médico regularmente, não só quando é necessário algum tratamento, mas para se orientar quanto a medidas para manutenção da saúde.
Dra. Leticia Rodrigues de Alencar, Endocrinologista do corpo clínico do Biocor Instituto