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A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima recorde na safra de soja em 2020, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (14).
A produção deve bater 127 milhões de toneladas contra 120,75 milhões de toneladas em 2019. Já a exportação de soja do país, o maior produtor exportador do mundo, deve ser de 82,3 milhões de toneladas.
Para 2021, a Abiove projeta novo recorde de produção: 132,6 milhões de toneladas. No balanço divulgado hoje, a associação informou ainda que a área plantada em desacordo com a moratória da soja no bioma amazônico cresceu 23% em 2019/20 na comparação com o ciclo anterior, para 108,4 mil hectares.
“A moratória tem um caráter muito educativo. Já está consolidado na Amazônia dentre os produtores rurais”, disse o gerente de sustentabilidade da Abiove Bernardo Pires.
“Não é nada interessante para produtor ter que fazer um desflorestamento –ter que tirar raízes, tocos, corrigir o solo– para daqui a 3 anos ter uma produtividade ainda incipiente e só no 4º ano ter uma produtividade plena”, afirmou.
Ele disse ainda que não vê tendência do aumento da área desmatada para o plantio de soja nos próximos anos.
Para 2021, a associação demonstrou preocupação com permissão de uso de matérias-primas importadas para a produção de biodiesel, o que pode desincentivar o já consolidado mercado nacional.
A Abiove afirmou ainda que eventual aprovação pelo governo do chamado “diesel verde” da Petrobras para compor a mistura de biodiesel poderia levar a uma ociosidade de indústrias do biocombustível.
A gigante petrolífera pode deslanchar investimentos no segmento caso o governo reconheça o combustível como elegível a participar das misturas no diesel. A Petrobras poderia criar um mercado no qual ela iria deter o monopólio, o que poderia resultar na falência de empresas do setor, diz a Abiove.