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O dólar encerrou esta quinta-feira (21) com alta de 0,76%, cotado a R$ 5,8117, o maior fechamento desde 1º de novembro. A valorização foi impulsionada pelo aumento das tensões no conflito entre Rússia e Ucrânia e pela busca de investidores por ativos seguros, como a moeda norte-americana e os títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). A Bolsa de Valores de São Paulo, por sua vez, fechou em queda, refletindo a incerteza sobre o anúncio do plano de cortes de gastos pelo governo federal.
Além da escalada do conflito no leste europeu, o mercado brasileiro enfrenta incertezas internas. A indefinição sobre os cortes de gastos planejados pela equipe econômica do governo federal, cujo anúncio pode ser adiado para a próxima semana, pressionou negativamente o índice da Bolsa de Valores.
O dólar para contratos futuros de dezembro, mais negociado atualmente, também registrou alta de 0,61%, fechando a R$ 5,8175. Em novembro, a moeda acumula valorização de 0,52%.
As expectativas do mercado estão voltadas para o relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado amanhã. Segundo analistas, é provável que o governo anuncie um bloqueio adicional de cerca de R$ 5 bilhões, reforçando o compromisso com a meta fiscal para 2024. Paralelamente, o plano de ajuste fiscal, que pode incluir cortes de R$ 70 bilhões em dois anos, é aguardado com dispositivos que harmonizem despesas como o reajuste do salário mínimo às regras do arcabouço fiscal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já sinalizou que o objetivo é adotar medidas que garantam a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo, indo além do cumprimento da meta fiscal deste ano.
A valorização do dólar nesta quinta-feira foi intensificada pelo aumento nos juros do Tesouro americano, o que levou investidores a migrarem recursos de mercados emergentes, como o Brasil, para aplicações mais seguras. Outra moeda que ganhou força foi o iene japonês, que teve alta de 0,48% frente ao dólar. Esse movimento impacta negativamente o real, uma vez que investidores que utilizam recursos obtidos a taxas baixas no Japão para aplicar em ativos brasileiros, como a Selic, reduzem essas operações, retirando dólares do país e depreciando a moeda nacional.