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O recrudescimento da curva epidemiológica da Covid-19 no Amazonas, registrado no início de janeiro deste ano pelas autoridades de Saúde, começa a dar sinais de remissão. Nas duas últimas semanas, o estado apresentou uma queda de 31% no registro de novos casos da doença e de 43% no número de óbitos.
Os números foram apresentados durante a reunião do Comitê de Crise instalado em Manaus pelo Ministério da Saúde, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Além do Governo Federal, o comitê é composto pelo governo do Amazonas, prefeituras e órgãos de saúde e de controle da pandemia.
Manaus continua sendo o epicentro da pandemia no estado, e registra menores taxas de redução de novos casos (30%) e mortes (41%). O interior apresenta os melhores resultados, com queda de 33% em novos casos e 57% no número de óbitos. O interior apresenta uma taxa de letalidade de 1,8, inferior à média brasileira, que é de 2,4.
As taxas espelham os resultados das ações coordenadas pelo Ministério da Saúde, no esforço de apoiar o estado do Amazonas no enfrentamento da pandemia. O Comitê de Crise vem atuando desde o início de janeiro, quando houve aumento de casos na região, pressionando o sistema de saúde local. As medidas tomadas incluem adoção de uma forte estratégia logística para o transporte e a distribuição de oxigênio para os principais hospitais de Manaus e do interior, o que permitiu a normalização da situação, com margem de segurança para o abastecimento diário. O consumo médio do gás em Manaus, hoje, é de 80 mil metros cúbicos por dia.
Paralelamente, Ministério da Saúde e governo estadual desencadearam o projeto de instalação de usinas de geração de oxigênio nos principais hospitais da capital e do interior. Das 74 programadas para ser instaladas, 30 já estão em funcionamento, garantindo uma geração de aproximadamente 30 mil metros cúbicos de oxigênio diários. Outras 15 usinas estão em trânsito para Manaus e 29 estão em processo de aquisição.
A proposta defendida pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é reduzir a dependência da rede hospitalar e unidades de saúde do abastecimento externo. A regularização do abastecimento de oxigênio permitiu também a abertura de novos leitos clínicos e de UTI na capital amazonense.
Outra ação de impacto foi a cooperação interestadual, com apoio da Força Aérea Brasileira e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que permitiu a transferência de 558 pacientes leves e moderados para tratamento em outros estados, oxigenando a fila de espera por leitos nos hospitais de Manaus. A estratégia, agora, é a requisição de leitos de hospitais particulares e a transferência de pacientes do interior para Manaus e estados próximos.
O empoderamento da Atenção Básica de Saúde no atendimento de pacientes da Covid-19, outra estratégia colocada pelo Ministério da Saúde no Comitê de Crise, também já reflete na redução de casos e mortes, como rede de prevenção. Nos dois últimos meses, foram realizados mais de 10 mil testes RT-PCR na Atenção Primária, quantidade maior que a registrado em todo o ano passado. Além disso, as 18 Unidades Básicas de Saúde com horário estendido em Manaus estão atendendo preferencialmente casos suspeitos de contaminação por coronavírus.
BRASIL IMUNIZADO
O Amazonas já vacinou 208.040 pessoas na primeira fase da imunização contra Covid-19, o equivalente a 63,6% do total programado para esta etapa. Manaus, com mais de 110 mil vacinados, atinge 82,7% da meta, puxando o Amazonas para a primeira colocação no mapa de imunização em todo o país. Para a segunda dose, já foram vacinados, em todo o Estado, 16,7 mil pessoas, o equivalente a 5% da meta.
O estado se prepara para iniciar, na próxima semana, uma força-tarefa que tem como meta vacinar toda a população até a faixa de 50 anos. As vacinas para isso virão dos dois lotes que serão disponibilizados pelos laboratórios Butantan e Fiocruz.