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Nesta quinta-feira (04), a Justiça Federal do Paraná determinou um novo prazo para que o empresário Fernando Bittar, dono do sítio ligado ao Lula (PT) em Atibaia (SP), apresente uma proposta de venda da propriedade.
De acordo com a decisão da juíza federal substituta Gabriela Hardt, Bittar terá dez dias, a partir de sua intimação, para informar os termos de um acordo com um potencial comprador.
Avaliado judicialmente em 1,7 milhão de reais em 2019, o sítio foi confiscado pela magistrada na sentença em que ela condenou o petista por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em função de reformas feitas por empreiteiras na propriedade.
Os valores de uma possível venda devem ser depositados em uma conta judicial (veja acima galeria com imagens feitas na avaliação judicial).
Segundo a sentença da 1ª instância, Lula recebeu vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio da reforma do sítio em Atibaia que costumava frequentar com a família. A obra teria custado mais de R$ 1 milhão, e o dinheiro teria sido descontado de propinas devidas pelas empresas em troca de favorecimento ilícito em contratos com Petrobras, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que foi acolhida pela juíza Gabriela Hardt.
Esta é a 4ª vez que a magistrada impõe um prazo para a proposta no âmbito do processo de venda do sítio.
Desde junho de 2020, os advogados de Bittar já pediram por 3 vezes mais tempo para concluírem as negociações, que estariam emperradas por causa da pandemia do coronavírus, e não faltariam interessados em visitar o imóvel.
O prazo desta vez é mais apertado – nas outras ocasiões haviam sido concedidos 30 e 60 dias de extensão – e a revista VEJA apurou que, até o momento, não há proposta concluída.
Em abril do ano passado, Fernando Bittar informou à Justiça ter chegado a um acordo com um comprador, Alexandre Horiye, que se propôs a pagar 1.850.000,20 reais pelo sítio, divididos entre 20% de entrada, o equivalente a 370.000 reais, e 60 parcelas mensais de 24.666,67 reais.
O sítio tem 35.873 metros quadrados com campo de futebol, piscina e lago. Em um laudo de avaliação do imóvel, o oficial de Justiça Hugo Guerrato Netto notou as “sobejas águas” que regam o sítio, nas montanhas de Atibaia, e a “aprazível cozinha, completa e ampla, com piso branco e móveis novos” que compõe a sede da propriedade – instalada e equipada pela empreiteira OAS a um custo de 170.000 reais.
Laudo elaborado por seis técnicos da Polícia Federal (PF), a partir da perícia feita no sítio durante a 24ª fase da operação Lava Jato, foram identificados inúmeros objetos pessoais do ex-presidente e de Marisa.
São roupas, toalhas com o nome de Lula, medicamentos manipulados com o nome de Marisa Letícia nos rótulos, entre outros objetos.