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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, resolveu ampliar o escopo do inquérito que abriu de ofício com base em provas ilícitas [mensagens roubadas] contra a Operação Lava Jato. A informação é do Globo.
Um dos casos que o presidente do STJ quer investigar trata da delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que citou pagamento de propina ao próprio Humberto Martins.
Para justificar sua decisão, o ministro reproduz reportagem sobre diálogos que teriam ocorrido em 2017 durante negociações do acordo da delação premiada do empreiteiro.
A delação de Léo Pinheiro foi assinada em 2019 por Raquel Dodge, então procuradora-geral da República (PGR). Mas ela arquivou sumariamente o anexo que tratava da acusação de pagamento de R$ 1 milhão a Humberto, por meio do escritório do filho Eduardo Martins.
Dodge arquivou outros quatro anexos sensíveis, e, em protesto, seis procuradores da força-tarefa entregaram seus cargos.
Eduardo Martins também é alvo da Lava Jato do Rio de Janeiro, onde foi denunciado por vender influência junto ao STJ em processos de interesse de Orlando Diniz, quando presidia a Fecomércio-RJ.
O filho do atual presidente do STJ foi contratado por Cristiano Zanin, advogado de Lula, que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), chefiava o esquema de desvios do Sistema S. O caso está suspenso por ordem de Gilmar Mendes, que pautou sua análise pela Segunda Turma no próximo dia 30.