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O Instituto Butantan vai construir uma fábrica exclusiva para a produção de soros. A obra, que vai custar R$ 34,5 milhões, deve ficar pronta até o fim do primeiro semestre de 2023.
Atualmente, o instituto é o único produtor de soros no país com certificação. Eles são desenvolvidos para combater venenos ou amenizar sintomas de doenças.
O Centro Avançado de Produção de Soros vai permitir que todas as etapas da produção industrial sejam feitas em um único lugar, aumentando a capacidade produtiva. O soro anticovid, que aguarda a aprovação da Anvisa para o início dos testes clínicos em humanos, também será produzido no local posteriormente.
“A fábrica está sendo projetada para atender o aumento da capacidade produtiva. E termos dentro de uma mesma planta as mesmas etapas da produção do insumo tornará o processo mais ágil”, afirmou a infectologista Fan Hui Wen, gerente do Núcleo de Produção de Soros.
Além disso, com a fábrica pronta será possível introduzir a liofilização, ou seja, transformar o imunizante líquido em pó após um processo de desidratação que mantém as propriedades neutralizantes dos soros mesmo sem refrigeração.
A transformação do produto deve ser feita nos 12 soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos fabricados atualmente pelo instituto.
“A nova planta terá um equipamento que vai nos permitir produzir soro na forma liofilizada, porque hoje os soros são produzidos de forma líquida. Com o processo de liofilização, o soro será transformado em pó. A vantagem é que ele poderá ser mantido em temperatura ambiente, o que torna o transporte dele mais fácil e, provavelmente, vai alcançar regiões em que o soro não chega por causa dessa limitação de temperatura”, disse a gerente de soros do Butantan.
Apesar do processo de liofilização ser antigo e usado desde a época da penicilina, a transformação do soro em pó não é tão simples, exigindo o uso de equipamentos caros e fórmulas precisas.
Além do envio do soro em pó para regiões mais periféricas do país, longe das capitais, a liofilização vai permitir que o Butantan comercialize os soros no exterior, principalmente no continente africano, onde há uma grande demanda de antígenos.