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Na tarde desta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde assinou, em cerimônia em Brasília, o contrato de transferência de tecnologia da Astrazeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Esse acordo permitirá a produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina contra Covid-19 da Universidade de Oxford. O IFA é o insumo biológico essencial para a produção de imunizantes. Atualmente, o Brasil só produz vacinas importando a substância, sobretudo da China.
A previsão é que as doses 100% nacionais comecem a ser entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização) a partir de outubro. Até julho, estão garantidas aproximadamente 21 milhões de doses, feitas com insumo importado.
Para evitar uma nova interrupção na produção da vacina contra a Covid-19 entre agosto e setembro, a Fiocruz ainda tenta fechar um novo acordo com a AstraZeneca para o recebimento de lotes adicionais de IFA da China, o que ainda não tem data para acontecer.
Os especialistas consultados pela CNN Brasil avaliam que, além de acelerar o processo de imunização no país, a produção integralmente nacional da vacina traz independência diante de um mercado que compete pelas vacinas.
“Agilizaria absurdamente e a gente teria essa vacinação anual sem ter o estresse de ter que importar o insumo e produzir a vacina aqui. A gente teria como produzir a vacina e o insumo aqui, tiraria nossa dependência do exterior e teríamos a capacidade de acompanhar a mudança das cepas e produzir vacinas mais eficientes para a população brasileira”, disse Norberto Prestes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi).