O governador de Nova York, Andrew Cuomo, acusado de assédio sexual por funcionárias e ex-funcionárias do governo, anunciou sua renúncia nesta terça-feira (10). Segundo informações publicadas pelo jornal New York Times, Cuomo será substituído pela vice-governadora, Kathy Hochul. O processo de transição de poder deve durar 14 dias.
“Eu amo Nova York e amo você e tudo o que fiz foi motivado por esse amor … A melhor maneira de ajudar agora é se eu me afastar”, disse o democrata.
A renúncia de Cuomo marca a segunda vez em 13 anos que um governador de Nova York renuncia ao escândalo, depois que Eliot Spitzer se demitiu em 2008 por causa de seu patrocínio a prostitutas. Cuomo também se tornou o último homem poderoso derrubado nos últimos anos após a ascensão do movimento social #MeToo contra o abuso e assédio sexual que abalou a política, Hollywood, o mundo dos negócios e o local de trabalho.
Sua renúncia poupou Cuomo de possível destituição do cargo por meio de um processo de impeachment na legislatura estadual. Uma investigação de impeachment em andamento apenas prometeu se intensificar.
Ele anunciou sua renúncia pouco depois de sua advogada Rita Glavin ter feito um longo ataque a um relatório encomendado pelo procurador-geral do estado que foi divulgado na semana passada.
“O relatório errou os fatos-chave, omitiu as provas-chave e não incluiu testemunhas que não apoiaram a narrativa de que estava claro que essa investigação iria surgir desde o primeiro dia”, disse Glavin em entrevista coletiva virtual.
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