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Na quarta-feira (16), o presidenciável Sergio Moro (Podemos) negou que tenha enriquecido com a profissão de juiz, ministro da Justiça ou mesmo em sua atuação como consultor nos EUA após deixar o Governo Bolsonaro, em abril de 2020.
As declarações do ex-juiz da Operação Lava Jato foram ditas em entrevista ao canal de Marco Antonio Villa no YouTube.
“Não, de forma nenhuma [enriqueci]. Veja, eu sempre fui servidor público. Como juiz, eu nunca enriqueci. Não vou mentir aqui, eu tinha um salário bom, os salários de juízes são bons, considerando a pessoalmente a média da população brasileira. Você tem uma boa vida, tem condições de cuidar da sua família, mas enriquecer não. Só se você fizer coisa errada e nunca fiz coisa errada na minha carreira judicial”, afirmou.
Segundo Moro, ele recebia um “pouco menos” de salário quando era o ministro da Justiça. O ex-juiz explicou que ao sair da pasta, por não ter apoio do presidente em sua bandeira de combate à corrupção, ficou seis meses de quarentena como “a legislação exige para evitar conflitos de interesse”.
“Fiquei parado, e depois eu fui contratado por uma empresa de consultoria internacional, trabalhei, um tempo aqui vinculado ao Brasil e depois vim para o lado dos EUA. Era um salário de consultor, era um salário considerando aqui o meu histórico profissional, qualificado, mas longe de me deixar rico, ou milionário. Então, essas são outras maluquices que o pessoal vai falando e vão espalhando”, rebateu.
O ex-ministro havia sido contratado como sócio-diretor da empresa de consultoria que tem como cliente o grupo Odebrecht, que foi alvo de decisões proferidas por Moro enquanto exercia a magistratura.
Moro ainda declarou que os seus críticos e opositores não têm o que falar da sua conduta na Operação Lava Jato, como ministro e agora “em vez de querer discutir o programa que a gente está montando, as propostas, ficam inventando essas historias”.
“Não tem nada a ver, a marca da minha carreira é a integridade”, concluiu.
Em 2017, o salário oficial de Moro era de cerca de R$ 28 mil à época. Segundo os dados disponíveis no portal do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em julho de 2017, o então juiz ganhou 28.404,97: R$ 28.947,55 de subsídio, mais R$ 5.261,73 de verbas indenizatórias e mais R$ 8.362,63 de vantagens eventuais.
A este total, subtraiu-se R$ 3.184,23 de previdência pública, R$ 7.435,53 de Imposto de Renda e R$ 3.547,18, referente ao pedaço da remuneração que iria superar o teto constitucional de R$ 33.763 — valor igual ao salário de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) na referida data.