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A Justiça do Paraná determinou que a Polícia Civil complemente a investigação sobre a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, atingido por tiros disparados pelo policial penal Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu, durante sua festa de aniversário com tema do PT.
O despacho do juiz da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Gustavo Germano Francisco Arguello, mandou o inquérito de volta à corporação para novas diligências pedidas pelo Ministério Público do Paraná, como a perícia no celular de Guaranho.
“Determino o retorno do inquérito policial à Delegacia de Polícia, via remessa off-line, para o urgente cumprimento das diligências investigavas requisitadas pelo Ministério Público, ressalvando que a aplicação do art. 16, do CPP, não afasta a observância dos exíguos prazos processuais na tramitação de inquéritos de indiciado preso”, escreveu o magistrado na decisão de segunda-feira (19).
Em nota, a polícia civil disse que vai cumprir “rapidamente” as diligências. “As perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada; por enquanto, sem previsão de conclusão”.
A polícia encerrou o inquérito sobre o caso na quinta-feira da semana passada (14). Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado pela morte de Marcelo Arruda, por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas que estavam no local.
A corporação descartou motivação política no caso. A SESP-PR (Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná) disse no domingo (17) que não há previsão legal para enquadrar o assassinato como crime político.
Marcelo Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O relatório final do inquérito foi encerrado sem a conclusão das perícias no celular e no carro de Guaranho e nos registros digitais das câmeras.
A defesa da família de Marcelo Arruda havia pedido a perícia do celular do policial penal. Ao site Poder360, os advogados disseram ser necessária também a perícia no celular de Claudinei Coco Esquarcini, que morreu no domingo (17).
A Polícia Civil do Paraná está investigando a possibilidade de suicídio de Esquarcini. Ele era vigilante da Itaipu e teria se jogado de um viaduto em Medianeira (PR). Segundo depoimentos à polícia, Esquarcini era o responsável por operar o equipamento de vigilância e por passar a senha de acesso às imagens das câmeras da Aresf (Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu).
O local foi alugado pela família de Marcelo Arruda para sua festa de aniversário.