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Mais de 1.700 pessoas morreram na Espanha e em Portugal devido à atual onda de calor, disse o chefe do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, nesta sexta-feira (22).
Diversas áreas da região europeia enfrentam altas temperaturas e incêndios florestais.
“O calor mata. Nas últimas décadas, centenas de milhares de pessoas morreram como resultado do calor extremo durante ondas de calor prolongadas, muitas vezes com incêndios florestais simultâneos”, disse Kluge em comunicado.
A mudança climática “não é nova. Suas consequências, no entanto, estão aumentando estação após estação, ano após ano, com resultados desastrosos”, disse Kluge, observando que os incêndios florestais estão agora “até o norte da Escandinávia”.
Kluge enfatizou ainda que os eventos desta semana apontam mais uma vez para a “necessidade desesperada de uma ação pan-europeia para combater efetivamente as mudanças climáticas, a crise abrangente de nosso tempo que ameaça tanto a saúde individual quanto a própria existência da humanidade”.
“Para que isso aconteça, os governos devem mostrar vontade política e verdadeira liderança na implementação do Acordo de Paris global sobre as mudanças climáticas, com a colaboração substituindo a divisão e a retórica vazia”.