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Autoridades iranianas alertaram na quarta-feira (1º de fevereiro) que o país responderá “decisivamente” a qualquer ameaça dos EUA, enquanto o governo Biden avalia uma resposta ao ataque de drones no fim de semana que matou três soldados americanos na Jordânia.
“A República Islâmica responderá de forma decisiva a qualquer ataque ao país, seus interesses e seus cidadãos sob qualquer pretexto”, disse na quarta-feira o embaixador do Irã para as Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, segundo a agência estatal de notícias IRNA.
Ele acrescentou que qualquer retaliação iraniana potencial seria uma “resposta forte”, mas não deu detalhes sobre o assunto, informou a Associated Press.
O ataque suicida com drones foi realizado por grupos milicianos apoiados pelo Irã no início da manhã de domingo, visando a Torre 22, uma base americana na Jordânia, de acordo com o Pentágono. O ataque matou três soldados da Reserva do Exército e feriu cerca de 40 outros.
O ataque – que marcou a primeira vez que militares americanos foram mortos no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e Hamas em outubro – aumentou a pressão sobre o governo Biden para retaliar contra Teerã. As tropas americanas foram alvo de grupos apoiados pelo Irã mais de 160 vezes desde o início do conflito na região, e vários parlamentares republicanos pediram à Casa Branca que tome medidas rápidas e decisivas.
Biden, no início desta semana, prometeu responder ao ataque “no tempo e na maneira que escolhermos”, enquanto autoridades do governo enfatizaram que os EUA não estão buscando uma guerra com o Irã nem ampliando o conflito no Oriente Médio.
“Ouvimos palavras ameaçadoras de autoridades americanas”, disse o chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, na quarta-feira, de acordo com a tradução da IRNA. “Vocês nos testaram, e nos conhecemos. Não deixaremos nenhuma ameaça sem resposta.”
“Não queremos guerra, mas não temos medo da guerra”, acrescentou ele, de acordo com a mídia estatal.
A Al Jazeera, canal de satélite pan-árabe com sede no Qatar, informou anteriormente que os EUA e o Irã trocaram mensagens nos últimos dias, o que Iravani negou.
“Tais mensagens não foram trocadas”, disse ele na quarta-feira, de acordo com a IRNA.
O Irã negou envolvimento no ataque à Jordânia e afirmou que não emite ordens diretas a grupos milicianos. Os EUA afirmam que o Irã é amplamente cúmplice dos ataques de seus intermediários.
