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Dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, optaram por um método inusitado para evitar a captura: esconderam-se em uma casa na zona rural de Baraúna, próxima à penitenciária, para fugir da detecção por drones térmicos. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento teriam pago R$ 5 mil para permanecerem na residência durante sete dias, revela reportagem do programa Fantástico, da TV Globo.
As autoridades policiais afirmam que cerca de 500 agentes, incluindo efetivos da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais, estão mobilizados para localizar os foragidos. As buscas ocorrem tanto durante o dia quanto à noite e contam com o apoio da Força Nacional. O terreno acidentado, composto por matas, áreas rurais e grutas, tem tornado o trabalho de recaptura dos criminosos particularmente desafiador.
Os agentes empregam drones, aeronaves e equipamentos de detecção de temperatura corporal nas operações. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou em Mossoró que todas as possibilidades estão sendo investigadas, mas que somente o término das apurações poderá indicar se houve conivência por parte de agentes penitenciários.
A Polícia Federal anunciou recompensas de R$ 15 mil para qualquer informação que leve à captura de cada um dos fugitivos. Paralelamente, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE) na última quarta-feira (21/2), com o objetivo de localizar possíveis cúmplices. Em uma das residências alvo, em Aquiraz, foram encontradas drogas, armamentos e munições, resultando em uma prisão em flagrante.
Adicionalmente, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Acre (Ficco/AC) prendeu na última sexta-feira (23/2) um indivíduo condenado por roubo e participação em organização criminosa, que também estava foragido e é irmão de um dos fugitivos de Mossoró. A captura ocorreu como desdobramento das investigações sobre a fuga.
