A decisão judicial levou em conta que Karen é mãe de um filho de 12 anos e não está sob investigação por crimes violentos. “Apesar da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria que pairam contra a indiciada, concluo, em observância ao Código de Processo Penal, que ela faz jus à prisão domiciliar”, declarou o juiz em sua decisão.
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Karen foi detida em 8 de fevereiro sob suspeita de envolvimento na lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital na região da Baixada Santista. Ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, conhecido como “Cabelo Duro”, morto durante uma guerra interna da facção criminosa em 2018. Segundo informações policiais, após a morte do marido, Karen teria assumido suas atividades ilícitas.
Durante a prisão da suspeita em seu apartamento no Jardim Anália Franco, Tatuapé, foram apreendidos R$ 1 milhão e US$ 50 mil em dinheiro. Em interrogatório, Karen alegou à polícia que poderia comprovar a origem dos fundos, afirmando que a quantia estava relacionada à abertura e venda de estabelecimentos comerciais.
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O juiz Fábio Pando de Matos, ao converter o flagrante em prisão preventiva durante a audiência de custódia na Vara de Plantão da Capital, observou que Karen não apresenta condições financeiras compatíveis com a quantia apreendida em sua residência. Segundo o magistrado, após a morte de “Cabelo Duro”, Karen assumiu suas atividades ilícitas e teve um substancial aumento de patrimônio, além de ganhar prestígio dentro da facção criminosa.
A investigação aponta que Karen atuava em Santos, Cubatão, Guarujá e na cidade de São Paulo, utilizando negócios na área de beleza, imóveis e uma empresa de propriedade de seu irmão para lavar dinheiro da facção. Seu pai também é suspeito de participar do esquema.
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A investigação que levou à prisão de Karen teve início em junho de 2023, em Praia Grande, e culminou com sua detenção em sua residência no Tatuapé. De acordo com o delegado-geral de São Paulo, Artur Dian, a movimentação financeira detectada pela polícia levou até a suspeita, indicando que ela movimentava milhões de reais da facção para ocultar a origem do dinheiro proveniente do tráfico de drogas.