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Cerca de 10% dos pacientes inicialmente diagnosticados com demência podem, segundo um estudo, apresentar uma condição hepática reversível. Pesquisadores dos EUA descobriram que entre 5% e 10% dos veteranos que se acreditava terem a condição de perda de memória também foram diagnosticados com encefalopatia hepática (EH).
A condição hepática em questão também pode causar problemas de memória, mas ao contrário da demência, ela pode ser tratada e os sintomas podem ser melhorados. O Dr. Ashwin Dhana, hepatologista da Universidade de Plymouth, que não esteve envolvido na pesquisa, enfatizou a importância de verificar os fígados de pacientes com demência.
Em um artigo para The Conversation, ele observou que aproximadamente 10% das pessoas inicialmente diagnosticadas com demência podem, na verdade, ter uma doença hepática subjacente silenciosa, com a EH como causa ou contribuinte para os sintomas. Ele destacou que esse diagnóstico é crucial, pois a EH é tratável.
O estudo, publicado no JAMA Network Open, examinou as taxas da condição em 177.422 veteranos dos EUA previamente diagnosticados com demência, sem histórico anterior de cirrose. Os pesquisadores analisaram os resultados dos exames de sangue para produzir uma pontuação de Fibrose-4, indicador de cicatrizes no fígado, associadas à cirrose.
O autor principal do estudo, Dr. Jasmohan Bajaj, da Virginia Commonwealth University, observou que aproximadamente 1 em cada 10 pacientes apresentava pontuações indicativas de EH como causa de seus sintomas. Ele ressaltou que entre 5% e 10% dos pacientes tinham valores laboratoriais sugestivos de cirrose não diagnosticada, o que poderia implicar a EH como contribuinte para o comprometimento cognitivo geral.