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Os registros de estupros e estupros de vulnerável no estado de São Paulo caíram 10,8% em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. Foram 995 notificações contra 1.110 mil ocorrências, representando a primeira queda nos últimos sete meses para esse crime, que é um dos mais subnotificados do país.
A queda nos índices foi verificada na capital paulista, na região metropolitana e no interior do estado. Na cidade de São Paulo, os casos diminuíram 16,3%, passando de 263 para 220. Na Grande São Paulo, a queda foi ainda maior, de 20,2%, com 170 casos contra 213 no ano anterior. No interior do estado, foram 605 ocorrências em fevereiro, 29 a menos do que no mesmo mês de 2023.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) avalia que a queda no indicador representa um importante avanço, mas reconhece que o estupro ainda é um crime subnotificado. O objetivo do governo é fortalecer a confiança das vítimas nos órgãos públicos para encorajar a denúncia dos agressores. Para isso, uma rede de apoio extensa está disponível para acolher as vítimas e investigar os suspeitos.
“Estamos investindo ainda mais em tecnologia, com monitoramento de agressores e na ampliação das equipes especializadas das Delegacias de Defesa da Mulher para dar todo o suporte às vítimas desses covardes”, afirma o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Não queremos que esses crimes aconteçam. Mas, uma vez registrados, nosso dever é fornecer uma resposta rápida e eficaz à sociedade para identificar e colocar esses criminosos atrás das grades. No estado de São Paulo, agressores de mulheres não ficarão impunes.”
O governo do estado tem implementado diversas medidas para conscientizar sobre a importância da denúncia e do acolhimento às vítimas de estupro e violência doméstica ou familiar. Em março, foi lançado o aplicativo SP Mulher, que reúne o botão do pânico para acionar o socorro imediato, o monitoramento de tornozelados e a confecção do boletim de ocorrência.
No dia 8 de março, foram inauguradas 62 novas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) com atendimento remoto em plantões policiais de todo o estado, ampliando o serviço especializado. A SSP também publicou edital para a contratação de mil tornozeleiras eletrônicas, expandindo o serviço de monitoramento, especialmente para agressores de mulheres.
Para auxiliar no suporte às vítimas, o estado de São Paulo conta com 140 DDMs e 141 salas on-line da delegacia com atendimento remoto por equipe especializada. Até o final do ano, está prevista a inauguração de mais sete delegacias nas macrorregiões do estado.