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Nesta segunda-feira (25), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Embaixada da Hungria, em fevereiro deste ano, “precisa ser apurada”.
As declarações de Pacheco surgem após o jornal norte-americano The New York Times revelar que Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).
“As circunstâncias devem ser apuradas. E cabe ao próprio ex-presidente poder dar as explicações devidas. Cabe a ele, cabe eventualmente a autoridades. Não vou comentar sobre algo que eu não tenho elementos suficientes. Isso precisa ser apurado, não podemos fazer ilação em relação às circunstâncias pelas quais houve esse envolvimento do ex-presidente”, disse Pacheco.
Vídeos obtidos pelo jornal norte-americano mostram Bolsonaro entrando na embaixada acompanhado de seguranças. Ele permaneceu no local de 12 a 14 de fevereiro.
Como alvo de investigações criminais, Bolsonaro estaria legalmente protegido contra prisões enquanto estivesse numa embaixada estrangeira, fora do alcance das autoridades nacionais.
De acordo com o “The New York Times”, a estadia de Bolsonaro na embaixada sugere que ele buscava fortalecer sua amizade com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita.
Em dezembro do ano passado, Bolsonaro e Orban se encontraram em Buenos Aires na posse do novo presidente da direita argentina, Javier Milei, onde o primeiro-ministro húngaro chamou Bolsonaro de “herói”.
Em nota, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi hospedado na embaixada a convite “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Ele criticou interpretações que extrapolam os fatos, considerando-as como “fake news”.