Operação Verão na Baixada Santista termina: confira o balanço e os próximos passos

Resultados da Operação

• Prisões: 1.025 suspeitos foram presos, incluindo 438 procurados pela Justiça.
• Menores apreendidos: 47
• Drogas apreendidas: 2,6 toneladas
• Armas apreendidas: 119
• Redução de roubos: 25,8% em Santos, São Vicente e Guarujá no primeiro bimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
• Mês com menor taxa de roubos: Fevereiro de 2024 foi o mês com a menor taxa de roubos da série histórica na Baixada Santista, iniciada em 2001.

A próxima fase das ações de segurança na região inclui a ampliação do efetivo policial, com o acréscimo de 341 policiais militares, e a previsão de aumento do contingente de policiais civis com a formação de novos agentes. Além disso, estão previstos investimentos de R$ 70 milhões para reformar e concluir obras de unidades policiais e adquirir equipamentos como viaturas, barcos blindados e armas.

Durante a Operação Verão, as autoridades policiais capturaram importantes peças-chave do crime organizado que atuavam na região. Uma delas, Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como “Japa”, é suspeita de comandar a lavagem de dinheiro de uma facção criminosa em Santos, Cubatão, Guarujá e na capital. Outro suspeito, Caio Vinicius, apelidado de “Nego Boy”, foi preso sob acusação de liderar o tráfico de drogas em uma comunidade de Santos.

Além disso, a polícia identificou a atuação de Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como “Danone”, uma liderança de alto escalão de uma facção. Em uma ação policial, em 16 de fevereiro, Santos trocou tiros com os policiais e foi morto. Ao todo, 56 criminosos entraram em confronto com as forças policiais e morreram.

A intensificação do policiamento na Baixada Santista revelou a atuação de facções criminosas na região, principalmente no escoamento de drogas para o exterior. Recentemente, investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam 1,2 tonelada de cocaína que seria enviada para fora do Brasil a partir do litoral paulista.

Além disso, dezenas de imóveis usados por traficantes como “casas bomba” para armazenar drogas e armas foram desativados pelas autoridades policiais. No último dia 14 de março, dez construções em áreas de mata foram destruídas por equipes do policiamento ambiental, com o apoio do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

A terceira fase da Operação Verão foi deflagrada em 7 de fevereiro, após a morte de dois policiais militares que atuavam na operação. O soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), foi atingido por um tiro no rosto durante uma operação no bairro Bom Retiro, enquanto o cabo José Silveira Santos, do 2° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), morreu ao ser baleado em uma ação no Jardim São Manoel, ambos em Santos.

Durante essa fase, a Secretaria de Segurança Pública transferiu temporariamente seu gabinete para Santos, na sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-6), intensificando as ações estratégicas de enfrentamento ao crime organizado na região.