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Na quinta-feira (18), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou os dados econômico-financeiros referentes ao 4º trimestre de 2023. Segundo as informações financeiras fornecidas pelas operadoras de planos de saúde à ANS, o setor registrou um lucro líquido de R$ 3 bilhões ao longo do ano de 2023.
Esse lucro representa aproximadamente 1% da receita total acumulada no período, a qual ultrapassou os R$ 319 bilhões. Em outras palavras, para cada R$ 100 de receita, o setor obteve cerca de R$ 1 de lucro líquido.
O desempenho econômico-financeiro do setor em 2023 foi o mais favorável desde o início da pandemia. Todos os segmentos apresentaram resultados positivos: as administradoras de benefícios registraram um lucro de R$ 406,4 milhões; as operadoras exclusivamente odontológicas, R$ 652,8 milhões; e as médico-hospitalares, R$ 1,93 bilhão.
Apesar das operadoras médico-hospitalares, que constituem o principal segmento do setor, terem fechado o ano com um resultado operacional negativo de R$ 5,9 bilhões, o último trimestre registrou o melhor desempenho desde 2021.
Esse prejuízo operacional foi compensado pelo recorde financeiro de R$ 11,2 bilhões, principalmente devido aos rendimentos das aplicações financeiras, que totalizaram quase R$ 111 bilhões ao final do período.
Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação da ANS, comentou que os resultados superaram as projeções para o setor. Enquanto em 2022 houve um prejuízo de cerca de R$ 530 milhões no segmento médico-hospitalar, em 2023 o lucro foi de R$ 1,9 bilhão. No entanto, destacou que ajustes contábeis significativos em operadoras maiores influenciaram os resultados gerais, ressaltando a necessidade de uma revisão no modelo de gestão e atendimento para aprimorar os serviços e o aproveitamento dos recursos disponíveis.
A sinistralidade em 2023 foi de 87,0%, o que representa uma redução de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Isso indica que aproximadamente 87% das receitas provenientes das mensalidades foram destinadas às despesas assistenciais. Apesar de ainda estar acima dos níveis pré-pandemia, esse resultado, impulsionado principalmente pelas maiores operadoras do país, é o melhor dos últimos três anos.
Essa redução da sinistralidade é atribuída principalmente à recomposição das mensalidades dos planos, especialmente das grandes operadoras, em comparação com o aumento das despesas.