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O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, atualmente sob prisão preventiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), prestará depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (3). O depoimento ocorrerá na Penitenciária Federal de Brasília.
A ordem para a coleta do depoimento foi emitida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) entregar ao mesmo as denúncias contra Rivaldo e outros supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, como os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. As denúncias incluem acusações de homicídio triplamente qualificado contra Marielle, homicídio quadruplamente qualificado contra Anderson Gomes (motorista de Marielle), e tentativa de homicídio quadruplamente qualificado contra Fernanda Gonçalves Chaves, assessora de Marielle.
A defesa de Rivaldo nega qualquer envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil no planejamento do assassinato da vereadora, alegando que não há provas de ligação entre ele e os irmãos Brazão. Segundo os advogados, Rivaldo fornecerá informações verídicas durante o depoimento.
Por sua vez, a Polícia Federal alega que Rivaldo tentou obstruir as investigações e teve controle sobre os eventos relacionados ao assassinato de Marielle, utilizando sua posição de autoridade na estrutura da Polícia Civil do Rio de Janeiro para garantir impunidade aos autores intelectuais do crime.
A defesa planeja contestar as acusações, solicitando ao STF que o ministro Flávio Dino se declare impedido de julgar o caso, devido à sua suposta influência sobre a investigação enquanto ocupava o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Além disso, pretende pedir que Rivaldo seja julgado por um tribunal de instância inferior, já que ele não possui foro privilegiado.
Também está nos planos da defesa solicitar a audição de testemunhas que possam refutar a tese da Polícia Federal de que Rivaldo é um dos mandantes dos assassinatos, incluindo promotoras que supostamente abandonaram o caso Marielle devido a interferências externas, o delegado Giniton Lages, indicado por Rivaldo para o caso Marielle, e o ex-secretário de segurança do Rio de Janeiro durante a intervenção federal em 2018, general Richard Nunes.