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A médica Carolina Fernandes Biscaia foi suspensa pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) por 180 dias, após ser acusada de emitir laudos falsos de câncer de pele em Pato Branco, no oeste do Paraná. A decisão, tomada em maio, foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e considera a gravidade das denúncias e a necessidade de proteger a segurança dos pacientes.
A Polícia Civil do Paraná investiga o caso e já ouviu a médica, que se manteve em silêncio. Segundo o delegado Helder Lauria, a investigação apurou que os laudos falsos eram adulterados com a ajuda de uma máquina de xerox, e que as vítimas pagaram por procedimentos desnecessários que chegaram a R$ 13 mil. Pelo menos 31 pessoas denunciaram a médica.
A defesa de Carolina afirma que ela está colaborando com as investigações e que interrompeu o exercício da medicina em 25 de fevereiro, “seguindo desta forma até estarem reunidas as condições necessárias para o retorno”. A nota diz ainda que a decisão do CRM não é definitiva e que a defesa trabalha para “comprovar a capacidade médica de Carolina”.
A investigação da Polícia Civil teve início após uma paciente denunciar que o resultado do exame de laboratório não correspondia ao diagnóstico fornecido pela médica. Segundo a apuração, a médica examinava os pacientes e afirmava que algumas pintas e manchas poderiam ser cancerígenas. Em seguida, retirava material para análise e encaminhava para um laboratório.
Em nota, o CRM-PR ressalta que a decisão cautelar foi tomada diante da gravidade das acusações e das informações coletadas até o momento, sendo “indispensável para a segurança dos pacientes e proteção da sociedade”. A entidade informa que o processo ético em andamento poderá apurar outras questões adicionais.
