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Nesta quinta-feira (4), a Polícia Federal lançou a segunda fase da Operação Venire, investigando uma associação criminosa suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) e na RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), ambos administrados pelo Ministério da Saúde. Entre os alvos de busca e apreensão estão o ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) e atual secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis, e a secretária de Saúde do município, Célia Serrano.
Na primeira fase da operação, em maio de 2023, agentes federais realizaram buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de alguns de seus aliados. Segundo os registros do Ministério da Saúde, Bolsonaro teria recebido duas doses da vacina contra a Covid-19 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.
A suspeita é de que a falsificação dos dados de vacinação tinha como objetivo permitir a entrada de Bolsonaro, seus familiares e assessores nos Estados Unidos, burlando a exigência de vacinação obrigatória. O então presidente deixou o Brasil no penúltimo dia de seu mandato.
De acordo com a PF, os dados foram inseridos no sistema em 21 de dezembro de 2022 pelo então secretário municipal de Governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos seis dias depois por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, que alegou “erro”. No dia 27 de dezembro, um computador registrado no Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS para gerar os certificados de vacinação.
Em resposta, Bolsonaro afirmou que não tomou a vacina e negou qualquer adulteração nos registros de saúde dele e de sua filha. “Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso”, declarou o ex-presidente.