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Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) apontou que a estrutura da suposta “Abin Paralela” foi utilizada para produzir provas a favor de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que em 2021 era alvo de um inquérito pela suspeita de tráfico de influência. A investigação foi arquivada pela PF um ano depois.
De acordo com a Polícia Federal, as ações clandestinas “teriam sido determinadas pelo 01 conforme interlocução dos investigados”. O relatório não identifica especificamente quem seria o tal ’01’.
A mensagem foi enviada por um integrante da “Abin paralela” após ele pedir o monitoramento de “carros em nome do filho Renan”.
“Veja quais carros estão em nome do filho Renan do PR (presidente). Veja da mãe dele tb. Msg do 01”, diz a mensagem interceptada.
A defesa de Jair Renan Bolsonaro afirmou que não irá se pronunciar, porque não teve acesso ao conteúdo da investigação da PF.
“Os agentes também realizaram pesquisas envolvendo o inquérito policial instaurado contra Renan Bolsonaro, possivelmente a pedido do então do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, escreveu a Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação ao diálogo captado pela PF.
Segundo o relatório da PF, a “Abin paralela” utilizou ferramentas do órgão de inteligência para “interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro”.