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Em uma palestra realizada na quinta-feira (18) na capital dos Estados Unidos, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, fez uma comparação polêmica entre a prática da pena de morte nos EUA e o tratamento dado às mulheres no Irã. A declaração gerou reações imediatas e dividiu opiniões entre os presentes.
“Eu não concordo com a forma como as mulheres são tratadas no Irã, por exemplo, mas não concordo com a pena de morte, que ainda existe nos Estados Unidos”, afirmou Amorim. A fala ocorreu no contexto de uma discussão sobre a inclusão dos EUA no G20, grupo composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e União Europeia.
A comparação, no entanto, não foi bem recebida pelo ex-embaixador dos EUA na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Dan Baer. Em resposta à declaração de Amorim, Baer afirmou que “traçar uma equivalência entre os EUA e a aplicação da pena de morte e o regime iraniano não é moralmente respeitável”.
“Concordo com você, vou admitir o seu argumento. Mas acho que é um mau equivalente e acho que mina a credibilidade moral daqueles que traçam esse tipo de equivalência”, disse Baer.