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A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (23) a 5ª fase da Operação Downtown, realizando 31 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. O objetivo principal da ação é identificar e combater empresas envolvidas na lavagem de dinheiro do crime organizado.
A operação solicitou o bloqueio de 41 contas bancárias, com uma estimativa de bens bloqueados que pode alcançar até R$ 150 milhões da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).. A Polícia aguarda agora a resposta das instituições financeiras.
A Operação Downtown, em todas as suas fases, visa desvendar quem são os principais beneficiados e líderes do ecossistema criminoso que opera na região central de São Paulo. “É uma resposta direta às ações desses criminosos. O objetivo é o bloqueio de bens dessas contas que são usadas na lavagem de dinheiro do tráfico da região central”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Durante a 5ª fase da operação, a Polícia Civil apreendeu R$ 120 mil, além de valores em três moedas diferentes: mil dólares, 300 libras e 100 euros. Foram confiscados também dois veículos de luxo, 15 celulares e cinco máquinas de cartão.
O foco da operação não era a prisão de indivíduos, mas sim a obtenção de documentos e provas para avançar nas investigações e rastrear o dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes e das organizações criminosas. “É mais uma fase da operação que, com certeza, terá continuidade com o material apreendido”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.
“Esse conjunto de empresas tinha a função de dar uma aparência lícita a esse dinheiro, como as hospedagens, já identificadas em outras fases da operação. Além de afastar a origem desses valores”, destacou o delegado da 4ª Dise do Denarc, Fernando Santiago. “A 5ª fase da operação alcançou o objetivo planejado que era justamente bloquear esses valores, e dessa forma desestimular que os criminosos continuem praticando o crime e que tenham proveito do produto desta atividade criminosa”, concluiu.