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Continua a perseguição chavista na Venezuela. Neste domingo, a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) algemou a jornalista Carmela Longo e seu filho, após invadir sua casa localizada na Urbanização Horizonte, em Caracas.
O fato foi denunciado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), que indicou que até o momento se desconhece o local para onde foram levados.
“#URGENTE | Neste momento estão invadindo a casa da jornalista Carmela Longo. A Polícia Nacional Bolivariana chegou com um mandado de busca e apreensão”, publicou o sindicato em suas redes sociais.
Em seguida, publicaram outra mensagem com um vídeo do momento em que Longo e seu filho são colocados em uma viatura da PNB. Segundo informações do SNTP, os agentes de segurança também levaram “alguns equipamentos de computador”.
“A PNB leva a jornalista Carmen Longo e seu filho e equipamentos de computador. Parece que a Tirania pratica (…) ‘A Semana dos Punhais Longos’ enquanto parte da Comunidade Internacional finge não ver o maior e mais descarado Roubo de Eleições da América!”, acrescentou a ativista e advogada venezuelana Tamara Suju em suas redes sociais.
No dia 20 de agosto, a jornalista de entretenimento havia revelado que foi demitida de forma inesperada do jornal Últimas Noticias, onde trabalhou por quase duas décadas.
“Hoje terminou uma etapa da minha vida de quase 20 anos e a quatro dias de sair de férias”, expressou em suas redes sociais.
Esta detenção se soma à realizada dias atrás, quando funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) levaram a jornalista de La Patilla Ana Carolina Guaita, que continua detida pela ditadura chavista.
O jornalista Vladimir Villegas acrescentou que “seu único crime é ser filha de dois dirigentes de oposição, o Dr. Carlos Guaita e a cidadã Xiomara Barreto, ambos do Partido Político Social Cristiano Copei”.
Diversas organizações de direitos humanos e entidades de imprensa condenaram a detenção, classificando-a como um ato de hostilidade e repressão contra a liberdade de expressão. Este evento destaca um padrão recorrente de ações contra membros da imprensa na Venezuela, principalmente desde que Nicolás Maduro se autoproclamou vencedor de umas eleições amplamente repudiadas pela comunidade internacional por sua falta de transparência.
As detenções de Longo e Guaita ocorrem em um contexto de crescente tensão política na Venezuela, onde os meios de comunicação e jornalistas independentes enfrentam constantes ameaças e atos de intimidação. Esta situação tem sido denunciada repetidamente por diferentes organizações internacionais, que veem nesses atos uma clara violação dos direitos humanos e da liberdade de imprensa.
Entre 29 de julho e 4 de agosto, o Instituto de Imprensa e Sociedade (IPYS) Venezuela documentou 79 violações à liberdade de imprensa relacionadas à cobertura eleitoral e às manifestações após os resultados das presidenciais. Entre as transgressões reportadas, estão agressões físicas e verbais (30), discursos estigmatizantes (18), detenções (7), medidas de censura (7), restrições na internet (7), restrições administrativas (6), assédio judicial (3) e limitações de acesso à informação (1).
Desde o início das manifestações em 29 de julho, pelo menos seis jornalistas foram presos e processados judicialmente sob acusações de terrorismo e incitação ao ódio. Entre os detidos estão: o fotógrafo Yousnar Alvarado em Barinas; o cinegrafista da VPI Tv, Paúl León, em Trujillo; a fotógrafa Deysi Peña em Los Teques; o jornalista e ativista político José Gregorio Camero em Valle de La Pascua; além do dirigente da Voluntad Popular, Roland Carreño, e o jornalista Víctor Ugas, ambos em Caracas.