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A quinta-feira (19) foi marcada por confrontos e desordem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, Zona Norte do Rio, onde estudantes continuam a ocupar o campus em protesto contra cortes de benefícios. A ocupação, iniciada em julho, desobedece a uma decisão judicial que ordenava a desocupação do prédio.
O dia foi repleto de confrontos entre alunos e seguranças, que tentavam desobstruir as entradas do campus.
Os estudantes afirmam que as pessoas responsáveis pela tentativa de desocupação não pertencem à Uerj, mas a universidade informou que se tratam de funcionários de uma empresa terceirizada, contratados para reforçar a segurança.
Durante a tarde, a Polícia Militar foi acionada para intervir na parte externa do campus. Bombas de efeito moral foram lançadas para conter os manifestantes, resultando em novos confrontos. A situação permanece tensa, com os estudantes resistindo à saída do local.
A ocupação começou em 26 de julho, em protesto contra mudanças nos critérios para concessão de bolsas de apoio à vulnerabilidade social, estabelecidas pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024). Entre as mudanças, a substituição do auxílio-alimentação por refeições gratuitas no bandejão para cotistas e a redução pela metade do auxílio para compra de material didático, que agora é pago apenas uma vez ao ano, no valor de R$ 1,2 mil.
Segundo a Uerj, cerca de 1.600 estudantes são afetados pelas novas regras, mas a instituição afirma que eles ainda recebem outros auxílios. Desde o início da ocupação, cerca de 26 mil alunos do campus Maracanã estão sem aulas.
A Justiça marcou uma audiência para o dia 2 de outubro, quando o pleito dos estudantes será discutido. Enquanto isso, a Uerj aguarda uma manifestação judicial sobre as medidas a serem tomadas diante do descumprimento da ordem de desocupação.