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A primeira-dama da República, Janja Lula da Silva, afirmou neste sábado (21) que problemas climáticos também são causados por “ações criminosas terroristas” e que o principal alvo, nesses casos, são “governos que têm a defesa ambiental como princípio ético”. Ela disse que não há “esforço humano que consiga controlar” os incêndios se as pessoas “não pararem de colocar fogo”. A declaração foi feita durante sua participação no evento “Alimento para a humanidade: desbloqueando o potencial das universidades para acabar com a fome e a desnutrição”, realizado pela Universidade Columbia, em Nova York (EUA).
“A gente sabe das secas no Brasil, mas vivemos um momento difícil. As queimadas são, obviamente, por ação humana. E não há o que consiga controlar, não há esforço humano que consiga controlar se as pessoas não pararem de colocar fogo. Fico angustiada, mas não podemos perder a esperança”, disse Janja, conforme relatou o site Poder 360, que acompanhou o evento.
Em seu discurso, Janja disse que a resposta global às mudanças climáticas “não tem sido rápida nem eficaz” para mitigar o impacto sobre a humanidade. Ela afirmou que o problema é uma consequência direta da “ação predatória humana”. “Como se não bastasse o desafio urgente de nos prepararmos e nos adaptarmos para esses eventos enquanto eles se aceleram, ainda temos que lidar com ações criminosas terroristas com interesses econômicos, contra políticas de proteção ambiental, gerando medo e desesperança na população. O principal alvo são os governos que têm a defesa ambiental como princípio ético”, disse a primeira-dama. Sem fazer referências diretas às queimadas que atingem diversas regiões do Brasil, Janja afirmou que os “interesses econômicos e comerciais de alguns não podem ser os motores da destruição”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou na manhã deste sábado (21) para participar da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O discurso oficial será feito na próxima terça-feira (24) e a expectativa é que o brasileiro defenda uma pauta global em favor do meio ambiente e de combate às mudanças climáticas.
A viagem de Lula ocorre em meio a queimadas em florestas e a uma seca severa que atinge 16 estados brasileiros e o Distrito Federal, com picos inéditos de temperatura. Ao buscar protagonismo entre líderes mundiais sobre o tema, o presidente mencionará medidas como aumento de multas para quem provocar incêndios e repasses financeiros a governadores.
Na última quinta-feira (19), no entanto, em reunião no Planalto sobre as queimadas, governadores de oposição criticaram as ações do governo federal, entre eles Ronaldo Caiado (Goiás) e Mauro Mendes (MT). Pesquisadores, como o climatologista Carlos Nobre, por sua vez, defendem a atuação do governo brasileiro.
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) também participará da assembleia da ONU, mas deve retornar ao Brasil já na próxima terça-feira, diante do agravamento das queimadas.