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Cento e doze horas após o forte temporal que afetou a Grande São Paulo na última sexta-feira (11), 90,8 mil clientes da Enel continuam sem energia elétrica, conforme balanço divulgado pela concessionária ao meio-dia desta quarta-feira (16). Desses, 5.200 permanecem sem fornecimento em decorrência da tempestade.
As chuvas intensas deixaram 1,6 milhão de consumidores da Enel sem energia, gerando uma crise que resultou em medidas contra a companhia. Em resposta à situação, o Ministério de Minas e Energia concedeu à Enel um prazo de três dias, a partir de segunda-feira, para resolver o apagão na capital. O futuro da concessão da empresa italiana no estado está em risco de cancelamento.
Vale lembrar que em novembro do ano passado, um evento similar deixou 2,1 milhões de residências em São Paulo sem energia, com o restabelecimento do fornecimento se estendendo por até 168 horas. Além disso, em março deste ano, moradores do centro da capital enfrentaram interrupções de mais de dez dias no fornecimento de energia, mesmo sem chuvas, devido a problemas na rede subterrânea, segundo a empresa.
Desde a aquisição do controle acionário da AES Eletropaulo, antiga distribuidora de energia de São Paulo, em 2018, a Enel foi multada em sete ocasiões por questões relacionadas à qualidade do atendimento ao consumidor e ao fornecimento de energia, além de descumprimentos em fiscalização e problemas técnicos e comerciais. Os dados, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), abrangem fiscalizações entre 2018 e 2023, totalizando R$ 320 milhões em multas, embora nem todas tenham sido pagas.
Dentre as penalidades aplicadas em 2022 e 2023, destacam-se uma multa de R$ 95,8 milhões pela qualidade do fornecimento e outra de R$ 165,8 milhões devido ao apagão de novembro do ano passado, ambas suspensas por liminar da Justiça. Até o momento, as multas efetivamente pagas pela Enel somam R$ 59,1 milhões.