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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu nesta terça-feira (15) o inquérito sobre um homem de 37 anos, suspeito de ser o maior armazenador de materiais de pedofilia do estado. O suspeito, um empresário, foi preso em Canoas em setembro, mas posteriormente liberado pela justiça.
Ele foi detido em flagrante com mais de 200 mil arquivos de pornografia infantil em notebooks e HDs externos, após uma investigação de nove meses que monitorou o download de conteúdo ilegal, dificultando a detecção pelas autoridades, conforme afirmou o delegado Maurício Barison.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que aguardam os laudos periciais do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Esses laudos, que analisam mais de 16 gigabytes de arquivos, serão essenciais para determinar o andamento do caso e podem levar a alterações nas acusações iniciais.
A decisão judicial que autorizou a liberação do suspeito foi baseada no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata do armazenamento de pornografia infantil, cuja pena máxima é de quatro anos. O fato de ele ser réu primário também influenciou a decisão.
No entanto, a situação pode se agravar caso surjam provas de que ele compartilhou o material. Enquanto aguarda o desfecho, o réu usa tornozeleira eletrônica e tem restrições de circulação entre 20h e 6h.
A decisão judicial que negou a prisão preventiva ainda poderá ser revista conforme o resultado das perícias e suas possíveis implicações legais.
A comunidade acompanha de perto o caso, que reforça a importância de investigações detalhadas em crimes de pedofilia.