Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Israel recebeu informações de inteligência que sugerem que o Irã pode estar se preparando para um ataque ao seu território a partir do Iraque nos próximos dias, de acordo com duas fontes israelenses citadas pelo Axios. O ataque poderia ocorrer antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, acrescentaram as fontes.
As tensões entre Israel e Irã se intensificaram nas últimas semanas, com uma série de trocas hostis. Segundo as informações, o plano do Irã seria lançar o ataque a partir do Iraque por meio de milícias pró-Irã, utilizando um arsenal significativo de drones e mísseis balísticos. Essa estratégia permitiria ao Irã evitar represálias diretas contra suas próprias infraestruturas estratégicas.
Um funcionário americano, citado pelo Axios, reconheceu que Washington está ciente dos preparativos do regime de Teerã, mas destacou que não há clareza sobre se a teocracia islâmica tomou a decisão final de executar o ataque.
Em resposta a um ataque israelense ao território iraniano na semana passada, o comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), Hossein Salami, advertiu que a represália iraniana será “diferente de qualquer cenário que Israel possa imaginar”. Além disso, uma fonte de alto nível iraniana afirmou à CNN que o Irã está planejando uma resposta “definitiva e dolorosa”, que pode ser executada antes das eleições americanas.
O regime iraniano também afirmou nesta quinta-feira que dará uma resposta “implacável” ao bombardeio israelense ocorrido no último sábado contra suas instalações militares e que Israel “se arrependerá” desse ataque, conforme reportaram meios de comunicação iranianos.
“A recente ação do regime sionista, que atacou partes de nosso país, foi um ato desesperado, e a República Islâmica do Irã responderá de forma implacável, fazendo com que Israel se arrependa”, declarou Mohammad Mohammadi Golpayegani, assessor do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, segundo a agência de notícias Tasnim.
O ataque israelense
Na madrugada de sábado, a quase um mês do ataque com mísseis iranianos em 1º de outubro sobre Tel Aviv, o Exército israelense iniciou uma série de manobras em território inimigo como sinal de represália. Embora inicialmente houvesse preocupações de que as ofensivas pudessem atingir locais nucleares ou instalações petrolíferas — inclusive o presidente Joe Biden interveio e discutiu a estratégia com Benjamin Netanyahu e seu gabinete —, o foco do operativo se concentrou em “fábricas de mísseis, formações de mísseis terra-ar e capacidades aéreas iranianas”, segundo confirmou o Ministério da Defesa israelense.
Imagens de satélite confirmaram danos na base de Shahroud, enquanto o Irã relatou ataques nas províncias de Ilam, Juzestán e Teerã, o que pode limitar a capacidade da Guarda Revolucionária de fabricar mísseis balísticos de combustível sólido, essenciais para os ataques contra Israel, já que o país não pode acessar armamentos mais modernos devido às sanções ocidentais.
Após a divulgação dessas informações, na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Irã ameaçou Israel com uma resposta em retaliação. “O Irã utilizará todas as ferramentas disponíveis para dar uma resposta definitiva e eficaz ao regime sionista”, disse o porta-voz do ministério, Esmaeil Baghaei, durante uma coletiva de imprensa, após o aiatolá Ali Khamenei afirmar pouco antes que as autoridades devem determinar a melhor forma de reagir a este episódio.
“Devem decidir a maneira de demonstrar a força e a vontade da nação iraniana ao regime sionista, e isso deve ser feito da melhor forma para esta nação e para o país. Eles (os israelenses) estão cometendo um erro de cálculo em relação ao Irã. Não conhecem o Irã e os jovens iranianos. Não conhecem a nação iraniana. Ainda não conseguiram compreender corretamente o poder, a capacidade, a iniciativa e a determinação do povo iraniano. Precisamos fazê-los entender isso”, advertiu o aiatolá Khamenei.
A resposta de Tel Aviv não demorou a chegar, e na quarta-feira, garantiram que redobrariam a aposta se Teerã continuasse escalando suas agressões. O chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, declarou: “Se o Irã cometer um erro e lançar outra saraivada de mísseis contra Israel, mais uma vez saberemos como chegar até o Irã, mesmo com capacidades que não utilizamos daquela vez, e atingir muito, muito forte, tanto as capacidades quanto os locais que deixamos de lado naquela ocasião.”