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A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, reafirmou nesta sexta-feira o apoio de Pyongyang à Rússia na guerra da Ucrânia, prometendo apoio até que Moscou alcance a “vitória”. Durante sua visita oficial à capital russa, ela declarou: “Reiteramos que sempre estaremos ao lado de nossos camaradas russos até o dia da vitória”.
Essa declaração reacende as preocupações das potências ocidentais sobre uma possível participação militar de tropas norte-coreanas no conflito.
Choe fez essas declarações após se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, com quem discutiu vários temas de cooperação estratégica. A ministra norte-coreana também destacou o compromisso inabalável de seu país com o fortalecimento de suas capacidades nucleares. “Garanto mais uma vez que nosso país não mudará absolutamente sua posição sobre o fortalecimento de nossas forças nucleares”, afirmou Choe.
Por sua vez, Lavrov expressou sua gratidão a Pyongyang por sua postura em relação à Ucrânia. “Estamos profundamente agradecidos aos nossos amigos norte-coreanos por sua posição de princípio diante dos acontecimentos na Ucrânia”, declarou Lavrov, destacando o nível sem precedentes das relações bilaterais no início das conversas, que foram transmitidas ao vivo pelo site do Ministério das Relações Exteriores russo.
Choe ressaltou que, desde o início da “operação militar especial” — termo usado por Moscou para se referir à invasão da Ucrânia —, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou que apoiasse “firmemente” o exército e o povo russos.
Segundo Choe, Pyongyang confia que “sob a sábia liderança do respeitado presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o exército e o povo russos certamente alcançarão uma grande vitória”.
Além disso, a ministra reiterou o compromisso de seu país em permanecer ao lado da Rússia durante todo o conflito. “Manifestamos mais uma vez que até o dia da vitória sempre estaremos junto aos nossos camaradas russos”, enfatizou.
As conversas bilaterais ocorrem em um contexto marcado por relatos que sugerem a presença de soldados norte-coreanos na região de Kursk, alistados para enfrentar as forças ucranianas que controlam parte desse território desde agosto. Moscou, no entanto, não confirmou oficialmente essa informação.
Lavrov também mencionou o tratado de parceria estratégica integral assinado em junho, que prevê assistência militar mútua e cuja implementação, segundo ele, já está em andamento. Este acordo, conforme afirmou Lavrov, beneficia os povos de ambos os países e contribui para a estabilidade na Península Coreana, no nordeste da Ásia e em toda a região euroasiática.
A Coreia do Norte enviou mais de 1.000 mísseis e milhões de unidades de munição para a Rússia, segundo revelou na quinta-feira o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun. Durante uma coletiva de imprensa realizada em Washington, Kim afirmou que, além dos envios de armamentos, Pyongyang teria fornecido tropas para apoiar as operações militares da Rússia na Ucrânia.
“Foram fornecidos mais de 1.000 mísseis”, declarou Kim, acrescentando que as munições também fazem parte de um significativo fornecimento militar direcionado a Moscou. O anúncio foi feito após uma reunião entre Kim, o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Cho Tae-yul, e autoridades americanas, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin.
O encontro em Washington teve como foco discutir as ações crescentes de Pyongyang e suas implicações regionais e globais, à medida que a cooperação militar entre Coreia do Norte e Rússia parece se intensificar em meio ao conflito na Ucrânia.
(Com informações da AFP e EFE)