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A troca no comando do Ministério Público que irá acontecer daqui a quatro meses, com indicações do presidente Jair Bolsonaro, gerou uma disputa interna de procuradores pelo cargo que gerou grande relevância nos últimos anos, devido ao combate à corrupção.
Internamente a disputa pelo novo procurador-geral conta com representantes ligados ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, com entusiastas da Lava Jato, alguns de perfis pessoais que podem contar com a simpatia de Bolsonaro. Há ainda a definição do caminho que será adotado pela atual ocupante do cargo, Raquel Dodge, na disputa — pessoas ligadas a PGR, dizem que ela pode se candidatar fora da lista tríplice elaborada pela associação da categoria ou ainda apadrinhar um candidato para a sucessão.
O poder do cargo é tão grande, que o ex-procurador-geral Rodrigo Janot e Dodge já denunciaram criminalmente os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer — os dois últimos no exercício do cargo. Dodge ainda acusou o então deputado e atual presidente Jair Bolsonaro por racismo, mas a acusação foi rejeitada pelo Supremo às vésperas do primeiro turno.
Pela Constituição, os pré-requisitos para ser procurador-geral são integrar a carreira e ter 35 anos ou mais. A indicação é exclusiva do presidente da República, mas precisa ser avalizada por maioria do Senado em votação secreta. O chefe do MPF não tem ascendência sobre os colegas —cada um deles têm independência funcional—, mas pode reforçar equipes de trabalho.