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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (12) o início do desassoreamento do Rio Pinheiros. De acordo com Doria, o processo deverá ser concluído em 2022.
No anúncio, o governador citou o Rio Tâmisa, em Londres, de um exemplo de como pretende fazer o Pinheiros. “Era considerado morto na década de 50 e agora é considerado limpo e de referência mundial, sendo que hoje possui, em sua margem esquerda, a exploração privada, com cafés e exposições em seus arrebentares, com áreas de entretenimento que ajudam a pagar a manutenção do rio. Um bom exemplo e uma boa referência para São Paulo”, disse.
Para o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Marcos Penido, o desassoreamento “é uma primeira etapa para depois impedirmos a chegada do lixo e do esgoto ao rio”.
De acordo com o palácio dos Bandeirantes, serão investidos R$ 70 milhões na etapa inicial para retirar mais de 1,2 milhão de metros cúbicos de detritos, nos primeiros 12 meses, nos canais inferiores e superiores do rio.
Penido disse que “as margens serão remodeladas, recuperadas e haverá a requalificação do rio para a iniciativa privada e na requalificação do rio como novo ponto de atração da cidade”.
Segundo o secretário, a partir da retirada dos dejetos do rio haverá o reflorestamento das margens e processos químicos de despoluição do rio. Isso, de acordo com Doria, possibilitará ao rio voltar a ter peixes.
“Temos como exemplo o Tâmisa, onde a população não tem contato direto com o rio, como natação. Mas um rio que não tem mau cheiro e passível de uso econômico, e isso nós vamos conseguir”, disse Ronaldo Camargo, presidente da Empresa Metropolitana de Águas e Esgoto (Emae).