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A juíza Keyko Hioki rejeitou nesta segunda-feira (29), um pedido do Ministério Público Federal (MPF), para colher depoimento do ex-candidato à presidência, Fernando Haddad (PT), em uma ação contra desapropriação que o petista teria decretado de um terreno que seria de interesse de financiadores de sua campanha, em 2016, quando era prefeito de São Paulo.
Haddad seria suspeito de beneficiar com estes atos, o local oficialmente editado para instalação de um terminal de ônibus na Rodovia Raposo Tavares. Uma área próxima para isso já havia sido desapropriada pela Prefeitura de São Paulo em 2003 na gestão de Marta Suplicy.
O terreno seria de interesse dos empresários Victor Sandri, que é apontado pelo MPF como operador de Guido Mantega, e de José Ricardo Rezek, que teria sido o segundo maior doador na campanha de reeleição de Haddad em 2016.
O Ministério Público diz que o terminal poderia ser construído dentro do próprio empreendimento — um atrativo a mais para o negócio.
Apesar do pedido do Ministério Público, a juíza Liliane Keyko Hioki dispensou o depoimento de Haddad por considerar que ele “não tem conhecimento sobre fatos relevantes” no processo, porque ele não teria participado da elaboração dos estudos técnicos da desapropriação.