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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), que junto com outras 10 pessoas foi indiciado na manhã desta sexta-feira (4) por omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa no caso das candidaturas-laranja do PSL, afirmou em nota, no começo desta tarde, que não cometeu irregularidades e que vai provar sua inocência.
Marcelo é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado. Segundo inquérito, ele “era e ainda é o ‘dono’ do PSL mineiro”. À época dos crimes apontados, Marcelo era o presidente estadual do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na tarde desta sexta-feira, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou o ministro e outras dez pessoas pelos crimes de falsidade ideológica, apropriação indebitada eleitoral e associação criminosa.
A suspeita é que o partido inscreveu essas candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas de mulheres.
A PF diz que o então presidente do PSL em Minas “possuía o total domínio do fato, controle pleno da situação, com poder de decidir a continuidade ou interrupção do repasse de recursos do fundo partidário”.
Em nota mandada pela assessoria, o ministro disse que a investigação foi feita com base em campanha difamatória e que acredita na Justiça.
Diz a nota: “O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ainda não foi notificado oficialmente da decisão, mas reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada. Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência.”
O PSL nacional disse que não comentar o caso.
Questionado sobre o assunto num evento no Paraná, o ministro da Justiça, Sergio Moro – a quem a PF é subordinada – se negou a comentar.