A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, nesta sexta-feira (27/03), que está responsável por liderar o ensaio clínico Solidariedade, uma cooperação mundial lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de combater o Covid-19. A fundação investigará a eficácia de quatro tratamentos contra a doença, implementando o programa em 18 hospitais de 12 estados. O Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde acompanha os trabalhos.
A pesquisa será realizada em todo mundo simultaneamente para tentar trazer respostas de quais medicamentos e condutas médicas são de fato eficazes para a cura do coronvírus.
A Fiocruz está construindo o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, que contará com 200 leitos de UTI e será um dos espaços para os ensaios clínicos.
O Ministério da Saúde passou a orientação de incluir o maior número de pacientes possíveis de todas as regiões do país.
“Estudos com número limitado de pacientes, e sem o adequado controle, como são a maior parte dos estudos registrados até o momento, podem demorar a conseguir uma resposta, ou nem mesmo chegar nela”, informa a Valdiléa Veloso a diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
A cloroquina, Remdesivir e combinação liponavir e ritonavir serão testados isolados ou combinados ao Interferon Beta 1a.
O estudo irá incluir apenas os pacientes que estão hospitalizados, para assim atender à demanda mais urgente, que é a de oferecer tratamento para pacientes com quadro mais grave.
Mesmo já tendo quatro linhas de tratamento definidas, uma das premissas do estudo é que ele seja adaptável, ou seja, caso surjam novas evidências as linhas podem ser adequadas, com descontinuação de drogas que se mostrem ineficazes e incorporação de medicamentos que venham a se mostrar promissores.
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