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O responsável pela coordenação dos testes do novo coronavírus distribuídos no estado de São Paulo, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou nesta terça-feira (14) que a subnotificação de casos de covid-19 “existe, vai existir e existe em todos os países”. Ele participou de entrevista coletiva do governo do estado no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista.
Covas declarou que adiantar os resultados dos testes pode vir a ajudar e a ter uma visão mais próxima da realidade, porém comparou a análise destes resultados a olhar para os antigos testes, pois o número de infectados é cinco vezes maior ao de internados.
“O indivíduo se infecta, leva um tempo para desenvolver sintomas, leva um tempo para procurar atendimento médico, leva tempo pra colher o exame e o exame leva um tempo pra ser remetido ao laboratório”, detalha. Por isso, argumenta, é importante pensar em cenários possíveis para o futuro, a partir do monitoramento da taxa de isolamento que, segundo ele, levam 15 dias para se refletir nos dados sobre a doença. “Medidas de isolamento, de orientação, de higiene, se complementam com os testes.”
O coordenador revelou que 725 mil testes vão ser distribuídos a partir dessa semana para 34 laboratórios habilitados no estado.
O objetivo é que até o final de abril um volume de 1,3 milhões de testes venham a ser distribuídos, para garantir o abastecimento até o mês de julho. A demanda por testes é de 1,3 mil por dia. O estado opera hoje com somente 2 mil.
Nesta segunda-feira, havia 15 mil testes aguardando por resultados no estado de São Paulo. Segundo Dimas, 12 mil foram distribuídos para a rede ou em estão em processo de transferência.
A meta do governo é zerar a fila até a próxima semana.
