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Ex-guerrilheiro Farc extraditado EUA
O colombiano Guillermo Amaya Ñungo, de 57 anos, ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi extraditado pela Polícia Federal para os Estados Unidos, após quase dois anos preso no prédio da Polícia Federal (PF) em Fortaleza.
A ação foi realizada na última sexta-feira (4), em operação conjunta com a Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos (DEA).
Nos EUA, Guillermo, conhecido como “El Patrón”, responde por tráfico internacional de drogas e organização criminosa. O condenado pode ficar preso por até 30 anos, em razão de tratado firmado entre o governo brasileiro e o governo americano.
O colombiano foi abordado e detido pela PF no Bairro Messejana em setembro de 2019, no momento em que ia buscar uma filha na escola, e não esboçou reação. Conforme a PF, a operação para a extradição de Guillermo, que ocorreu sob forte esquema de segurança, teve a participação de diversas equipes da PF, além dos agentes da DEA responsáveis pelo seu transporte e escolta em jato executivo do governo dos EUA. A embaixada norte-americana também enviou representantes sediados no Brasil para acompanhar a operação.
De acordo com documentos apresentados pelas autoridades norte-americanas, o ex-gerrilheiro das Farc capitaneava um complexo esquema de transporte de grande quantidade de cocaína entre a Colômbia e os EUA, com uso de aeronaves próprias e pistas de pouso em países da América Central.
A extradição do ex-guerrilheiro foi decidida em setembro de 2020, quando o STF, por unanimidade, julgou procedente o pedido de extradição formulado pelas autoridades dos Estados Unidos, cuja autorização de transporte foi posteriormente autorizada pelo Ministério da Justiça brasileiro.